Minas Gerais em Foco: Medidas Contra mineração Ilegal
Na última quarta-feira (17), a Polícia Federal deflagrou a Operação Rejeito, resultando na exoneração de diversos servidores públicos em Minas Gerais. A decisão foi divulgada na edição extra do Diário Oficial do Estado e envolve membros do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), que estão sendo investigados por supostas irregularidades relacionadas à concessão de licenças ambientais.
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A nota oficial emitida pelo governo estadual enfatiza que a atual gestão está comprometida em adotar todas as medidas administrativas necessárias, incluindo a exoneração e o afastamento dos servidores mencionados nas investigações. Os nomes dos servidores exonerados incluem Arthur Ferreira Rezende Delfim, que atuava como diretor da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e foi preso durante a operação; Fernando Baliani da Silva, diretor de Gestão Regional da Feam, que é alvo de mandados de busca e apreensão; e Breno Esteves Lasmar, diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), também sob investigação.
Além disso, Rodrigo Gonçalves Franco, ex-presidente da Feam, que enfrentou prisão no mesmo contexto, deixou seu cargo apenas quatro dias antes de sua detenção, em 13 de maio. O governo estadual reiterou, por meio de sua nota, que não compactua com desvios de conduta entre servidores públicos e que, enquanto respeita o direito ao contraditório e à ampla defesa, está determinado a agir de forma contundente.
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A Operação Rejeito visa desvendar um esquema criminoso que estaria em funcionamento há pelo menos cinco anos em Minas Gerais, envolvendo servidores de diversas instituições, como a Feam, o IEF e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). As investigações indicam a concessão fraudulenta de licenças ambientais em troca de vantagens financeiras, especificamente propinas.
O papel da Controladoria-Geral do Estado (CGE-MG) e da Semad é essencial nesse processo de apuração, já que o governo de Minas se comprometeu a colaborar com a Polícia Federal e com outras autoridades competentes. O objetivo declarado é garantir uma investigação justa e a punição rigorosa dos responsáveis por possíveis crimes ambientais. A seriedade da situação reflete a crescente preocupação com a preservação do meio ambiente e a necessidade de manter a integridade das instituições públicas no estado.
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Essa operação não apenas destaca a luta contra a corrupção e a ilegalidade no setor ambiental, mas também serve como um alerta para outras possíveis irregularidades em diferentes áreas do serviço público. As autoridades, ao tomarem medidas drásticas contra a corrupção, buscam restaurar a confiança da população nas instituições governamentais e garantir que os recursos naturais do estado sejam protegidos para as futuras gerações.